Cohousing: Alternativa aos convencionais Lares de Terceira Idade
Cada vez mais pessoas procuram uma alternativa aos lares de terceira idade.
Existe uma tendência para o aumento da população mundial. A procura de um envelhecimento sereno tem sido um tópico cada vez mais próximo das pessoas.
Os agregados familiares são hoje menos numerosos, este facto leva a uma maior dificuldade quando se trata de cuidar dos mais idosos. Os lares de terceira idade nem sempre constituem uma alternativa. Os custos, falta de acessibilidades e sobretudo a vontade dos mais idosos em manter a sua independência são fortes argumentos para a procura de novas opções.
Um modelo denominado cohousing está a ganhar popularidade um pouco por todo o mundo. Consiste em adoptar como conceito base de funcionamento a casa de família, e uma vivência em comunidade.
O que é cohousing?
São complexos residenciais onde todos os residentes possuem uma casa, podendo viver em casal, onde existem áreas comuns que são partilhadas por todos de maneira a criar pequenas comunidades. Os edifícios são muitas vezes personalizados por quem os vai habitar.
Onde e como começou a ideia?
O Cohousing começou em 1960, na Dinamarca sendo já realizado por toda a Europa do Norte, sobretudo em Inglaterra, Dinamarca, Suiça, Noruega, Holanda, Alemanha e França. No entanto, os Estados Unidos, Canada, Austrália e o Japão, também aderiram a este novo conceito.
As vantagens
Escolher esta solução residencial tem algumas vantagens. Permite viver numa casa particular, mas ter uma participação activa numa comunidade constituída por pessoas da mesma faixa etária. Os utentes podem partilhar actividades e rotinas, sem preocupações. Todos os serviços e assistência estão garantidos resultando num ambiente seguro, adequado ao envelhecimento e com custos controlados.
Outros tipos de Cohousing
Existem outras soluções baseadas na coabitação. Alguns idosos, cujo as habitações são de grandes dimensões, optam por alugar quartos a estudantes universitários. Em troca estes deverão executar algumas tarefas domésticas, pagar as contas e fazer companhia. Outras pessoas optam por partilhar um complexo residencial, este método obriga a um envolvimento no planeamento e manutenção de comunidade. Como resultado, todas as ideias e projectos são concebidos em conjunto por todos os que lá habitem contemplando as suas necessidades actuais e futuras. Isto significa que todo o trabalho de projecto, gestão da comunidade e respectivos serviços é realizado e organizado pelos habitantes. Existem áreas comuns cuja organização e manutenção são também da sua responsabilidade.
É mesmo a solução?
Partilhar alguns espaços e serviços pode causar alguns desentendimentos, como acontece em alguns condomínios. Contudo, aqueles que escolhem este tipo de alternativa já partem com uma atitude de partilha e trabalho conjunto com outras pessoas, o que facilita o diálogo e fortalece a vontade evitar quezílias e conflitos.
O que pode esperar o utente.
Para se tornar um utente de cohousing, terá de aceitar que para o projecto ser aprovado existem prazos para a sua criação assim como um número mínimo de participantes. É necessário identificar o local apropriado para construção ou o edifício a ser restaurado. Após estas decisões serem feitas, o trabalho de construção pode demorar entre 12 a 24 meses, não contando com atrasos provocados por imprevistos técnicos e administrativos (compra do terreno/ edifício, licenças camarárias e outros).